Classificação atual da leshimaniose...
Atualmente a especie está dividida em dois subgrupos:
Subgênero Leishmania - espécies pertencentes aos complexos
Donovani, Mexicana e Tropica_Ex. Leishmania (Leishmania) amazonensis
Subgênero Viannia - espécies pertencentes ao complexo Braziliensis_Ex. Leishmania (Viannia) braziliensis

domingo, 29 de março de 2009

Vacina contra a leishmaniose...


A segunda fase dos testes clínicos da vacina contra a leishmaniose será iniciada no Brasil. O anúncio foi feita pelo Instituto Butantan e pelo Instituto de Pesquisas de Doenças Infecciosas (Idri, na sigla em inglês), em Seattle, nos Estados Unidos.
O novo complexo vacinal foi produzido em conjunto por pesquisadores de diversas instituições norte-americanas e brasileiras. A fase 1 de testes clínicos, realizada nos Estados Unidos, avaliou a toxicidade da vacina em camundongos e em humanos. A fase 2 irá testar a eficiência do produto em cães.

Testes clínicos em cães
O grupo de cientistas que lidera as pesquisas discutiu a programação da fase 2 de ensaios clínicos em uma reunião realizada em São Paulo na última sexta-feira (05/12) coordenada pelo presidente da Fundação Butantan, Isaias Raw, e por Steven Reed, fundador e chefe de Pesquisa e Desenvolvimento do Idri.
De acordo com Raw, ao contrário do que se faz com outras vacinas, nesse caso os ensaios clínicos da fase 2 serão realizados nos cães e não em humanos, porque esses animais são os principais hospedeiros do ciclo doméstico de transmissão da leishmaniose visceral.

Escrito por Fábio de Castro em 08/12/2008
Reportagem do Diário da Saúde.
Texto completa no endereço abaixo...
http://www.diariodasaude.com.br/topics.php?tag=Leishmaniose

Sinais dermatológicos em cães...


Os principais sinais dermatológicos da leishmaniose visceral consistem de descamação, seborréia, onicogrifose, ulceração e alopecia, que geralmente é simétrica. Alguns cães com alta carga parasitária não apresentam sinais clínicos.


Freqüentemente também ocorre discrepância entre a intensidade da infecção e a condição clínica do animal.

Na forma visceral, a doença pode ser severa, causando sinais clínicos que envolvem vários orgãos.
Ocorrem: fraqueza extrema, emaciação, diarréia, epistaxe, claudicação, anemia, insuficiência renal, edema das patas, ulceração cutânea, inflamação ocular que pode levar a cegueira, linfadenopatia e hepato-esplenomegalia.

A temperatura corporal pode oscilar, mas geralmente é normal ou sub-normal. Imunossupressão pode favorecer a ocorrência de infecções concomitantes, de forma que o quadro clínico pode ser complicado com demodicose, piodermite ou pneumonia.

Autores:
Caroline Holland, Dr. Paulo Silva Junior, Josh Von Szalatnay, Prof. Dr. Renato Lima Santos, Linda Isaacson, Dr. Rodrigo Rabelo, Dra. Fabiana Silva e Profa. Dra. Corrie Brown
Informações retiradas do site: http://www.vet.uga.edu/

Sinais clínicos em cães...


Leishmaniose clínica pode ter manifestações variáveis, sendo que a reação imunológica do hospedeiro determina o tipo de síndrome resultante da infecção.

Os sinais clínicos são de uma doença de progressão lenta.

As síndromes variam desde lesões cutâneas autolimitantes até doença sistêmica fatal. A leishmaniose visceral se inicia como uma lesão cutânea e, posteriormente, a infecção dissemina-se sistemicamente.

Os órgãos mais afetados são o baço, o fígado e a medula óssea.

Autores:
Caroline Holland, Dr. Paulo Silva Junior, Josh Von Szalatnay, Prof. Dr. Renato Lima Santos, Linda Isaacson, Dr. Rodrigo Rabelo, Dra. Fabiana Silva e Profa. Dra. Corrie Brown

Informações retiradas do site: http://www.vet.uga.edu/

Histopatologia...



A infecção por Leishmania é tipicamente demonstrada pela identificação da forma amastigota do parasita no interior dos macrófagos. Isso pode ser obtido por meio de biópsias de vários tecidos ou utilizando-se aspirados de linfonodos ou medula óssea corados pelo Giemsa. As formas amastigotas, que possuem aproximadamente 2 micrômetros, podem ser encontradas livres ou dentro de macrófagos e outras células do sistema mononuclear-fagocitário.

Autores:Caroline Holland, Dr. Paulo Silva Junior, Josh Von Szalatnay, Prof. Dr. Renato Lima Santos, Linda Isaacson, Dr. Rodrigo Rabelo, Dra. Fabiana Silva e Profa. Dra. Corrie Brown

Informações retirada do site: www.vet.uga.edu

Achados de necropsia em cães...





A necropsia os achados incluem emaciação e aumento de volume do fígado, baço e linfonodos. Também podem ser observadas lesões cutâneas e crescimento excessivo das unhas (onicogrifose).

Na maioria dos casos, a medula óssea apresenta-se hiperplásica.

O exame dos rins pode revelar palidez da cortical.

Autores:Caroline Holland, Dr. Paulo Silva Junior, Josh Von Szalatnay, Prof. Dr. Renato Lima Santos, Linda Isaacson, Dr. Rodrigo Rabelo, Dra. Fabiana Silva e Profa. Dra. Corrie Brown

Informações retiradas do site: http://www.vet.uga.edu/

Leishmaniose sp (Forma amastigotas)

PRINCIPAIS ESPÉCIES DE LEISHMANIA ENVOLVIDAS NA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA (LTA) NO BRASIL


Alexandre Cerqueira em 1885, na Bahia, foi o primeiro a identificar a moléstia e a suspeitar do papel dos flebotomíneos como vetores. Gaspar Vianna, em 1911, propôs a denominação de Leishmania braziliensis para o agente específico da LTA no Brasil47. Até o momento, seis espécies de Leishmania, pertencentes aos subgêneros Leishmania e Viannia, foram identificadas no Brasil como causadoras de LTA humana:
I. Leishmania (Viannia) braziliensis: é a espécie mais prevalente no homem e pode causar lesões cutâneas e mucosas. É encontrada em todas as zonas endêmicas do País, desde o norte até o sul, tanto em áreas de colonizações antigas ou recentes, estando geralmente associada à presença de animais domésticos. É transmitida por diferentes espécies de flebotomíneos como Lutzomyia whitmani, Lu. wellcomei e Lu. intermedia, dentre outras.
II. Leishmania (V.) guyanensis: causa sobretudo lesões cutâneas. Ocorre na margem norte do Rio Amazonas em áreas de colonização recente, estando associada com desdentados e marsupiais. As principais espécies de flebotomíneos envolvidas na transmissão são a Lu. umbratilis, Lu. anduzei e Lu. whitmani.
III. Leishmania (V.) naiffi: ocorre na Amazônia, nos Estados do Pará e Amazonas, tendo o tatu como reservatório natural. O parasita causa LTA de evolução benigna e seus principais vetores são a Lu. squamiventris, Lu. paraensis e Lu. Ayrozai.
IV. Leishmania (V.) shawi: responsável por casos esporádicos no Amazonas e Pará, tem como reservatórios vários animais silvestres como macacos, preguiças e procionídeos e como vetor a Lu. whitmani.
V. Leishmania (V.) lainsoni: registrada apenas na Amazônia, tem a paca como animal suspeito de reservatório natural e como vetor a Lu. ubiquitalis.
VI. Leishmania (Leishmania) amazonensis: agente etiológico de LTA, incluindo a forma anérgica ou leishmaniose cutânea difusa. Seus reservatórios são roedores e marsupiais e a Lu. flaviscutellata e Lu. olmeca os principais vetores.
Trecho do artigo: Leishmaniose tegumentar americana
Autores Bernardo Gontijo
Maria de Lourdes Ribeiro de Carvalho
Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG

Artigo completo no link abaixo:

Epidemiologia...


A Leishmaniose visceral é considerada atualmente uma doença emergente e reemergente, tanto em áreas rurais como urbanas. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 1990 existiam 12 milhões de casos, sendo que surgem 400 mil novos casos por ano. No Brasil a estimativa é de aproximadamente 3.000 casos

Atualmente a OMS vem chamando a atenção para o aumento do número de casos de co-infecção HIV/Leishmaniose visceral, especialmente no sul da Europa. Tal incidência se deve ao uso de drogas e compartilhamento de agulhas e seringas. Esse tipo de transmissão tem se estendido para os países nórdicos.

A Leishmania possui larga distribuição em áreas tropicais e subtropicais, se estendendo desde a América Central e do Sul até os países mediterrâneos, África, Ásia central, Índia e China. A leishmaniose é considerada a segunda principal doença causada por protozoário no mundo, perdendo em incidência apenas para a Malária.
Autores:
Caroline Holland, Dr. Paulo Silva Junior, Josh Von Szalatnay, Prof. Dr. Renato Lima Santos, Linda Isaacson, Dr. Rodrigo Rabelo, Dra. Fabiana Silva e Profa. Dra. Corrie Brown

Incubação e sintomas...


O período chamado de incubação (período que vai da picada pelo mosquito infectado até o aparecimento dos primeiros sintomas) varia entre 10 e 25 dias, podendo, no entanto, chegar até um ano. Após esse período aparecem em geral pápulas na pele do animal ou do homem infectado, pápulas estas nada características, porém proriginosas (coçam) determinando sensação de calor e dor. Ocorre também nessa fase adenopatia (inflamação) dos gânglios próximos à picada do mosquito. Nessa ocasião, sendo feita punção desses gânglios inflamados, deverão ser encontradas as formas infectantes do protozoário. O gânglio linfático inflamado se necrosa e assim lesado, acaba por vir a furo para evacuar esse material purulento, ficando em seu local uma úlcera, denominada de cancro espúndico. Nessa forma clínica a doença nessa fase é facilmente diagnosticável pela exibição de úlceras cutâneas características. Em alguns casos, no entanto, a doença cutânea assume formas não ulcerosas, chamadas de impetiginoide ou tuberiformes, além de verrugosas e franboesoides, estas últimas assim denominadas pela sua semelhança com a fruta framboesa. O evoluir dessa doença, sem tratamento adequado, leva a lesões graves e deformantes, inclusive com perdas irrecuperáveis muitas vezes do nariz e da epiderme da face.Na sua forma visceral, as lesões sendo internas, principalmente no baço, se traduzem por aumento de volume desse órgão (esplenomegalia), além de febre e dor abdominal. Sua evolução leva também a hepatomegalia (aumento de volume do fígado).
Autor:
Carmello Liberato Thadei
Médico Veterinário - CRMV-SP-0442

Leishmaniose visceral...


O cientista Brasileiro Carlos Chagas...
Descobridor de todo o ciclo da doença que hoje leva seu nome (Doença de Chagas), percorrendo nos anos de 1911 e 1912 o Vale do Rio Amazonas, suspeitou da ocorrência do Calazar nessa região. Nome esse que também é sinônimo dessa forma clínica da doença. Evandro Chagas, irmão de Carlos Chagas, também cientista, é inclusive criador de um teste de soro-aglutinaçao para diagnóstico dessa doença, permitindo identificar as diferentes espécies de Leishmanias.
Essa forma clínica (Visceral), é aquela freqüentemente encontrada entre os animais sensíveis como o cão ou o gato, além das cobaias utilizadas em laboratório.
Autor:
Carmello Liberato Thadei
Médico Veterinário - CRMV-SP-0442

Leishmaniose cutânea ou tegumentar...


Essa forma clínica da doença, admite-se ser autóctone do Continente Americano.
Os Índios ceramistas, pré-colombianos do Peru, apresentam em seus vasos numerosos estados patológicos, de modo que o médico e o historiador encontram nesses "huacos" possibilidade de identificação de diversas enfermidades. No Peru é essa doença denominada Uta, assim parecendo não haver dúvida a respeito da existência da Leishmaniose tegumentar entre os habitantes da América Pré-colombiana. No Brasil, já no ano de 1885 foi a mesma observada e identificada ao Botão de Biskra, pelo médico Brasileiro A. Cerqueira. Em 1895, Breda, na Itália, descreveu-a em Italianos que, de São Paulo, haviam voltado para sua pátria. Em 1908, começaram a afluir à Santa Casa de São Paulo, numerosos doentes vindos das regiões assoladas pela doença e como em sua maioria fosse procedentes da região Noroeste (Bauru), ficou a doença conhecida por Úlcera de Bauru. Apenas em 1909, Adolfo Lindeberg noticiou a descoberta do parasita dessa doença, que ele identificou ao agente causal do Botão do Oriente, descoberta posteriormente confirmada pelos cientistas Brasileiros Cariai e Parnaso.
Autor:
Carmello Liberato Thadei
Médico Veterinário - CRMV-SP-0442

As principais Leishmanioses conhecidas atualmente...


São várias as espécies desse grupo capazes de causar a doença, sendo mais freqüentemente encontradas, as seguintes , assim como os nomes vulgares respectivos para cada uma de suas correspondentes doenças:

Leishmania donovani (Laveran y Mesnil, 1903)
Agente das Leishmanioses viscerais, Calazar Indiano, Leishmaniose Infantil da área do Mediterrâneo e o Calazar Americano ou Leishmaniose visceral americana.

Leishmania canis (Cardamatis, 1911)
Leishmaniose visceral dos cães e gatos.

Leishmania infantum (Nicole, 1908)
Calazar na área do Mediterrâneo, hoje reconhecidamente idêntico ao Calazar Indiano, de Wright.

Leishmania tropical (Wright, 1903 )
Agente da Leishmaniose cutânea ou botão do Oriente, Botão de Biskra ou Botão de Aleppo.

Leishmania braziliensis (Vianna, 1911): Determina a Leishmaniose tegumentar americana ou Leishmaniose cutaneomucosa, Espúndia, Uta, Úlcera de Bauru, etc.

Todas essas espécies de Leishmania já classificadas, têm em comum o fato de necessitarem para se reproduzir e atingirem a forma adulta, passarem por um hospedeiro invertebrado obrigatoriamente um mosquito díptero do gênero Phlebotomo.
Tal característica de exigirem mais de um hospedeiro em seu ciclo evolutivo biológico, lhes conferem em Parasitologia a denominação de parasitas heteroxenos.
Autor:
Carmello Liberato Thadei
Médico Veterinário - CRMV-SP-0442
Site: www.vira-lata.org

Etiologia...


As Leishmanioses são um grupo de doenças causadas por protozoários.
Do gênero Leishmania, manifestando-se sob várias formas clínicas.

Na natureza todas as espécies de Leishmania existentes são transmitidas ao homem e a outros mamíferos por meio da picada de fêmeas de insetos hospedeiros infectados.

Os hospedeiros invertebrados estão restritos a espécies de flebotomíneos hematófagos (Ordem Díptera, Família Psychodidae, Sub-família Phlebotominae), especialmente à subspécie Lutzomya longipalpis no Novo Mundo e ao gênero Phlebotomus, no Velho Mundo.

Taxa de incidência de leishmaniose visceral...



Conceituação
Número de casos novos confirmados de Leishmaniose Visceral – LV (código B55.0 da CID-10), por 100.000 habitantes, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado.
A definição de caso confirmado de leishmaniose visceral baseia-se em critérios adotados pelo Ministério da Saúde para orientar as ações de vigilância epidemiológica da doença em todo o país.
Interpretação
Estima o risco de ocorrência de leishmaniose visceral, numa determinada população em intervalo de tempo determinado, e a população exposta ao risco de adquirir a doença.
Está relacionada à exposição de indivíduos à picada de fêmeas de flebotomíneos infectados com protozoários do gênero Leishmania. A doença ocorre em 19 das 27 Unidades Federadas, com padrão de transmissão rural. Nos últimos anos, verifica-se a expansão da área afetada e urbanização da endemia. O principal reservatório urbano é o cão. Estão associadas a condições socioambientais propícias à proliferação dos flebotomíneos e onde há migração de população humana e canina originárias de áreas endêmicas. Epidemias tendem a eclodir geralmente quando mais de 5% dos prédios apresentam focos do vetor, cujo habitat é urbano e domiciliar.
Usos
Analisar variações populacionais, geográficas e temporais na distribuição dos casos confirmados de leishmaniose visceral, como parte do conjunto de ações de vigilância epidemiológica e ambiental da doença. Contribuir para a avaliação e orientação das medidas de controle vetorial de flebotomíneos. Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações de saúde direcionadas ao controle da leishmaniose visceral.

Limitações
Depende das condições técnico-operacionais do sistema de vigilância epidemiológica, em cada área geográfica, para detectar, notificar, investigar e realizar testes laboratoriais específicos para a confirmação diagnóstica de casos de leishmaniose visceral.
Os casos referem-se ao município de residência e não ao local provável de infecção.

Fonte
Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS):
base de dados do Sistema Nacional de Vigilância.
Epidemiológica: boletins de notificação semanal e Sistema de Informação de Agravos de Notificação Sinan (a partir de 2001).

Método de cálculo
Número de casos novos confirmados de leishmaniose visceral em residentes
x 100.000
População total residente no período determinado Brasil.
Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.
Leishmaniose visceral.
Guia de vigilância epidemiológica. 6. ed.
Brasília: Ministério da Saúde, 2005, p. 467.187
Morbidade: Taxa de incidência de leishmaniose visceral

Categorias sugeridas para análise
Unidade geográfica: Brasil, grandes regiões, estados, Distrito Federal, regiões metropolitanas e municípios das capitais.
Faixa etária: menor de 1 ano, 1 a 4, 5 a 9, 10 a 19, 20 a 39, 40 a 59 e 60 anos e mais.
Sexo: masculino e feminino.
Informações completas no link:

Secretaria de Saúde alerta para cuidados contra a leishmaniose...


O município de Três Lagoas fechou o ano de 2008 com 48 casos de leishmaniose em humanos e três óbitos, decorrentes de complicações da doença. Destes casos, 45 evoluíram para a cura. O diagnóstico precoce da leishmaniose e os cuidados para combater o mosquito transmissor são os alertas que a Secretaria de Saúde faz para a comunidade em geral. “A participação da população nesta luta é imprescindível para que não haja mais casos da doença em pessoas, e também em animais”, aponta a secretária de Saúde, Elenir Neves de Carvalho.A preocupação em se combater a proliferação do mosquito transmissor da leishmaniose é devido à alta letalidade da doença, conforme explica Elenir. “O tratamento é fácil quando detectada precocemente. A doença ataca o fígado e o baço, com febre intermitente e perda de peso. Quem apresentar estes sintomas pode estar com suspeita de leishmaniose, devendo buscar rapidamente atendimento médico em qualquer unidade de saúde do município”. A secretária evidencia o fato de Três Lagoas ser considerada área endêmica, uma vez que apresenta uma série histórica de casos em humanos, alto número de cães infectados e aumento destes casos.AçõesDe acordo com Elenir, as ações da Secretaria de Saúde são voltadas para os cães, considerados reservatórios do vírus da doença, por serem o principal alvo do mosquito flebótomo. A retirada dos cães que apresentam os sintomas da doença e os casos positivos detectados pelo inquérito sorológico canino é feita por meio do Centro de Controlo de Zoonozes (CCZ). Os animais que apresentarem resultado negativo no exame sorológico recebem coleira de deltrametrina (4%) como medida preventiva, servindo de repelente do mosquito transmissor da leishmaniose.Nas regiões onde são confirmados casos da doença em humanos, é feita a borrifação em um raio específico para interromper a cadeia de transmissão do vetor.Conforme Elenir, os proprietários também são notificados para a retirada de animais, como porcos e aves, do interior de quintais dentro da área urbana, já que suas fezes e o alimento oferecido a eles é fonte de alimento ao mosquito. Outra fonte em potencial para o flebótomo são os restos de matéria orgânica de árvores frutíferas, que em decomposição dão condições para o mesmo se desenvolver. “E é nesta época de intensas chuvas que os ambientes ficam úmidos e sombrios, com condições ideais para os mosquitos se proliferarem”, alertou a secretária de Saúde.Elenir também lembrou que em 2006, 2007 e 2008, a Secretaria de Saúde ofereceu capacitação para todos os médicos de Três Lagoas sobre o diagnóstico precoce da doença. Ela informou que o tratamento da leishmaniose é 100% gratuito, sendo que somente em casos mais graves o paciente é transferido para Campo Grande.Além das ações específicas de combate, foram realizadas ações de educação e saúde junto à rede escolar pública e privada, com distribuição de kit de material didático em todas as bibliotecas e entrega de folder com informações sobre a doença nas residências do município.A reestratificação da cidade através de levantamento do número de casos de leishmaniose em humanos, caninos e a densidade de vetor definiram áreas intensa, moderada e esporádica, como uma forma de otimizar as ações de combate, priorizando as áreas intensas com borrifação residual casa a casa.Cuidados Para que a população esteja em alerta, Elenir afirma que é necessário tomar algumas medidas simples em suas residências e no seu dia a dia, como o uso de repelentes em horário de ação do mosquito, evitar passeios com cães entre as 16h e às 18h, uso de mosquiteiro, encoleirar cães com coleira repelente, eliminar os animais positivos, solicitar exame sorológico no CCZ, manter limpo quintais com lixos devidamente ensacados, e não criar animais como porcos e aves em área urbana.Uma dica simples para a casa, observa Elenir, é o uso da citronela como repelente natural, além de incensos e extratos, aplicando-os no período da tarde, momento em que o flebótomo entra em atividade.
Reportagem tirada do jornal do povo de 27/01/2009...

Cão com sinais clinicos da leishmaniose visceral americana...



Cão da foto, com ulceração na orelha e conjuntivite.

No Brasil, os reservatórios mais importantes são o cão e a raposa.
Que agem como mantenedores do ciclo da doença.
Os canídeos apresentam intenso parasitismo cutâneo.
O que permite uma fácil infecção do inseto, e, por este fato,são os mais importantes elos na manutenção da cadeia de transmissão.A doença no cão pode se apresentar com animais aparentemente saudáveis, até cães com doença em estágios avançados.


Os sinais clínicos...
Mais comuns da leishmaniose visceral canina são:
Perda de pelos, febre prolongada, emagrecimento,
ulcerações rasas em orelhas, articulações, focinho, e cauda.

Elaboração por...
Vera Lucia Fonseca de Camargo Neves
Silvana Gazola Santucci

Maiores informações no site: www.sucen.sp.gov.br

Agente transmissor: Flebotomíneo (mosquito palha, birigui ou cangalhinha)


O inseto transmissor da leishmaniose visceral americana é um inseto da família Psychodidade, espécie Lutzomyia longipalpis, sendo comumente chamado de flebotomíneo e popularmente conhecido por mosquito palha, birigui ou cangalhinha. É pequeno, coberto de pêlos e de coloração clara (cor de palha ou castanho claro). É facilmente reconhecível pelo seu comportamento ao voar em saltitos e pousar com as asas entreabertas e ligeiramente levantadas, em vez de se cruzarem sobre o dorso. Vivem, preferencialmente, ao nível do solo, próximos a vegetação em raízes e/ou troncos de árvores, podendo ser encontrados em tocas de animais. Gostam de lugares com pouca luz, úmidos, sem vento e que tenham alimento por perto. De um modo geral, para seu desenvolvimento requerem temperaturas entre 20 e 30ºC, umidade superiores a 80% e matéria orgânica. Ambos os sexos necessitam de carboidratos, que são extraídos da seiva de plantas como fonte energética. As fêmeas precisam ingerir sangue para o desenvolvimento dos ovos. Costumam então picar a partir do por do sol até a madrugada.

Ciclo evolutivo: as fêmeas geralmente realizam um repasto sanguíneo completo para se dar um ciclo gonotrófico. O ciclo de vida completo compõem-se da seguinte forma: fase embrionária, de 7 a 10 dias, fase larvária de 15 a 60 dias, fase de pupa, de 7 a 14 dias e adulto, cuja longevidade é de 20 dias. O tempo do desenvolvimento do ovo ao adulto é de aproximadamente 30 dias, a temperaturas médias de 20ºC. As temperaturas inferiores afetam o crescimento larvário e a atividade do inseto adulto torna-se diminuída, aumentando portanto o tempo de desenvolvimento do ovo ao adulto.

Foto do Flebotomíneo sobre a pele...

Elaborado por...
Vera Lucia Fonseca de Camargo Neves
Silvana Gazola Santucci

Site: www.sucen.sp.gov.br

Leishmaniose Visceral...



A Leishmaniose Visceral é uma zoonose que tem merecido cada dia mais atenção.
Ela pode afetar animais como o cachorro e também o homem.
Trata-se de uma doença crônica que pode evoluir e levar à morte.
É a forma mais grave das Leishmanioses.
Além de ser de difícil controle, já deixou de ser uma doença da área rural.
E vem se expandindo rapidamente para os centros urbanos.
A Leishmaniose Visceral é uma doença provocada por um protozoário flagelado, do gênero Leishmania, e pode acometer: o homem e animais vertebrados, mamíferos, a exemplo de: animais silvestres (como o gambá e a raposa) e principalmente os cães.
Tanto no organismo do homem, quanto do animal, uma vez infectado, o que acontece é que o protozoário penetra numa célula, cria mecanismos de sobrevivência e começa a se multiplicar.

Leishmaniose Tegumentar Americana...


A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) , também conhecida com os nomes de ferida brava ou úlcera de Bauru, é uma doença primariamente zoonótica, causada por diversos parasitas do gênero Leishmania, envolvendo uma grande variedade de mamíferos silvestres, reservatórios do parasita, transmitida por diferentes insetos vetores da família Psychodidae, subfamília Phlebotaminae.
Histórico:
1885 - As primeiras suspeitas sobre a ocorrência da doença nas Américas , época em que já se registravam casos no Brasil.
1909 - Encontro por Lindenberg, de leishmanias em úlceras cutâneas de pacientes no Estado de São Paulo.
1911 - Splendore, diagnosticou forma mucosa da doença .-Gaspar Vianna propôs o nome de Leishmania(Vianna)brasiliense.
1922 - Aragão, demonstrou pela primeira vez o papel do flebotomíneo na transmissão da LTA
1939/1940 Pessôa descreve a LTA como doença profissional da margem de mata.
1958 - Forattini, encontrou roedores silvestres parasitados, em áreas florestais do Estado de São Paulo.
1993 - Organização Mundial de Saúde, considera as Leishmanioses como a 2ª doença causada por protozoários de importância em saúde pública.
Agente etiológico:
Leishmania (Vianna) guyanensis - Floch, 1954, responsável pela forma cutânea difusa da leishmaniose.
Leishmania (Leishmania) amazonensis - Lainson e Shaw, 1972, responsável pela forma clínica cutânea, porém alguns casos podem desenvolver a forma clínica difusa e incurável da doença; em casos mais avançados pode haver o comprometimento nasofaríngeo.
Leishmania (Vianna) braziliensis, Vianna, 1911, responsável pela forma cutâneo-mucosa. No Estado de São Paulo é a espécie incriminada como o agente etiológico da doença, principalmente, da forma cutânea. A forma clínica mucosa é detectada em apenas 3 a 5% dos casos de LTA.
Elaborado por Claudia Antonia Ussui
Vera Lúcia Fonseca de Camargo Neves

Transmissores da leishmaniose têm história evolutiva muito antiga...



Estudos de fósseis de flebótomos - mosquitos que transmitem os parasitas causadores da leishmaniose - revelam que um ancestral comum desses insetos já era encontrado na época em que os continentes ainda formavam uma massa única, cerca de 250 milhões de anos atrás. Quando essa massa se fragmentou, os mosquitos começaram a se dispersar para cada continente, originando a ampla variedade de gêneros e espécies que existem hoje. Alguns gêneros atuais de flebótomos já estavam presentes bem antes do período Oligoceno, há 38 milhões de anos.
É o que afirmam José Dilermano Andrade Filho e Reinaldo Peçanha Brazil, do Laboratório de Leishmaniose do centro de pequisa René Rachou ( CPqRR), unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Minas Gerais, em artigo publicado em suplemento especial da revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz. Segundo os pesquisadores, o mesmo padrão de distribuição geográfica dos flebótomos deve ter sido seguido pelos parasitas causadores da leishmaniose.
Como os flebótomos têm capacidade limitada de voar, acreditava-se que esses mosquitos se movimentavam pouco no ambiente e, conseqüentemente, a maioria de suas espécies estaria encerrada em áreas geográficas bem definidas. Além disso, devido a esse isolamento, haveria um fluxo pequeno de genes entre as espécies, o que acarretaria pouca variabilidade entre os flebótomos.
Estudos recentes, porém, não confirmam essas hipóteses. Segundo os pesquisadores, os flebótomos se espalharam pelo planeta, estando presentes inclusive nas Américas, o que sugere que eles têm uma história evolutiva muito antiga. Além disso, certos flebótomos, devido a sua ampla distribuição geográfica, sofreram modificações graduais, assim como complexas variações dentro de uma mesma espécie.
Na Antártica e nas zonas temperadas dos Estados Unidos e da Groenlândia, o clima é desfavorável para o desenvolvimento dos flebótomos, sobretudo de suas formas imaturas. No artigo, os pesquisadores afirmam que "este fato reforça a idéia de que o fenômeno que levou ao aparecimento da linhagem dos flebótomos ocorreu originalmente nos trópicos, de onde umas poucas espécies seguiram para as regiões temperadas, adaptaram-se e ocuparam nichos ecológicos disponíveis, algumas populações passando por especiação" (processo de formação de novas espécies). Portanto, as espécies presentes nas zonas temperadas seriam mais jovens e poderiam ocupar outras áreas, desencadeando novos processos de especiação.

Escrito por Fernanda Marques...
Especial em Paleoparasitologia
Site: www.fiocruz.br

sábado, 28 de março de 2009

Leishmaniose Visceral no Brasil...


No Brasil, a importância da leishmaniose visceral reside não somente na sua alta incidência e ampla distribuição, mas também na possibilidade de assumir formas graves e letais quando associada ao quadro de má nutrição e infecções concomitantes.

A crescente urbanização da doença ocorrida nos últimos 20 anos coloca em pauta a discussão
das estratégias de controle empregadas. Neste artigo foram analisados os principais aspectos
biológicos, ambientais e sociais que influenciaram no processo de expansão e urbanização dos focos da doença. Os métodos disponíveis para o diagnóstico e tratamento não apresentam a eficácia e aplicabilidade desejadas, embora avanços promissores tenham sido alcançados com as pesquisas de novos testes diagnósticos e drogas terapêuticas. As medidas de controle da doença até agora implementadas foram incapazes de eliminar a transmissão e impedir a ocorrência de novas epidemias. É feita uma breve análise destas medidas e dos desafios a serem enfrentados.

A prevenção da doença nos cães através da imunoprofilaxia aparece como uma alternativa para o controle. Uma nova vacina para cães, já testada em campo, está sendo industrializada e será
comercializada no Brasil a partir de 2004.
Apesar da existência de inúmeros estudos sobre a leishmaniose visceral humana e canina,
muitas lacunas ainda precisam ser preenchidas...

Autores do artigo:

Célia Maria Ferreira Gontijo
Laboratório de Leishmanioses
Centro de Pesquisas René Rachou
Fundação Oswaldo Cruz

Maria Norma Melo
Laboratório de Biologia de Leishmania
Departamento de Parasitologia
Instituto de Ciências Biológicas
Universidade Federal de Minas Gerais

Esse é só um trecho da introdução...

Artigo completo no link abaixo:

PROTEJA SEU CACHORRO, VACINE O CONTRA LEISHMANIOSE

PROTEJA SEU CACHORRO, VACINE O CONTRA LEISHMANIOSE

Fique de olho.

Em breve novos textos e informações sobre a doença.