Classificação atual da leshimaniose...
Atualmente a especie está dividida em dois subgrupos:
Subgênero Leishmania - espécies pertencentes aos complexos
Donovani, Mexicana e Tropica_Ex. Leishmania (Leishmania) amazonensis
Subgênero Viannia - espécies pertencentes ao complexo Braziliensis_Ex. Leishmania (Viannia) braziliensis

sábado, 14 de janeiro de 2017

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA (LTA)


   A leishmaniose cutânea (LC) é definida pela presença de lesões exclusivamente na pele, que se iniciam no ponto de inoculação das promastigotas infectantes, através da picada do vetor, para qualquer das espécies de Leishmania causadoras da doença. A lesão primária é geralmente única, embora eventualmente múltiplas picadas do flebotomíneo ou a disseminação local possam gerar um número elevado de lesões. Surge após um período de incubação variável de 10 dias a três meses, como uma pápula eritematosa que progride lentamente para nódulo. Acompanha-se de adenopatia regional, com ou sem linfangite, em 12 a 30% dos casos. Com a evolução, ganha destaque o notável polimorfismo das lesões sendo possível encontrar formas impetigóide, liquenóide, tuberculosa ou lupóide, nodular, vegetante e ectimatóide. São freqüentes as ulcerações com bordas elevadas, enduradas e fundo com tecido de granulação grosseira, configurando a clássica lesão com borda em moldura. O quadro é normalmente assintomático, predominando nas áreas corpóreas descobertas e se instala em pacientes de áreas endêmicas ou que lá estiveram recentemente. Pode ter decurso abortivo ou assumir caráter tórpido, para terminar em regressão espontânea, conforme observado em vários focos brasileiros. Na maioria dos casos, a infecção progride e, após um período de latência clínica de vários meses de duração, surgem as lesões cutâneas e/ou mucosas, conseqüentes à disseminação hematogênica e/ou linfática do parasita.

Fonte Scielo
Artigo completo:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0037-86822003000100011
Aspectos epidemiológicos dos casos humanos confirmados
de leishmaniose tegumentar americana no
Estado de Alagoas, Brasil
 

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a LTA ocorre em mais de 88 países, e no Brasil, nas últimas décadas, em decorrência do seu comportamento epidemiológico, diante do extenso processo de urbanização, existe a necessidade de adoção de diferentes estratégias para o controle dessa zoonose. Entretanto, no Brasil, ultimamente vem sendo observado franco crescimento do número de casos de LTA, principalmente por meio de surtos epidêmicos nas Regiões Nordeste, Sul, Sudeste, Centro-Oeste, e, mais recentemente, na Região Norte (área amazônica), que tem como destaque epidêmico o Estado do Amazonas, uma região que, em 2011, apresentou uma incidência de 64,5 casos por 100.000 habitantes. 

A LTA representa um grande problema de Saúde Pública no Brasil e demais países e manifesta-se de duas formas, cutânea (LC) e mucosa (LM). Na forma cutânea da LTA, as lesões de pele apresentam-se de forma: localizada, a mais frequente e caracterizada por uma única lesão, ou de forma difusa, com presença de várias lesões distribuídas em diversas regiões do corpo. É observado em alguns pacientes que a forma mucosa é secundária às lesões cutâneas, surgindo meses ou anos após a resolução das lesões de pele. Como não se identifica a porta de entrada, acredita-se que essas lesões sejam originárias de infecção subclínica, acometendo principalmente as mucosas de vias aéreas superiores.


Fonte Scielo
Artigo completo:
http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176-62232015000400007

A leishmaniose visceral, também conhecida como calazar.

A leishmaniose visceral, também conhecida como calazar, é a segunda doença parasitária que mais faz vítimas no mundo – a primeira é a malária.

MSF tratou mais de 100 mil pessoas contra a doença desde 1998. Em 2012, 5.860 pessoas foram tratadas pela organização.

A primeira experiência de MSF com a leishmaniose foi em 1988, quando a organização respondeu a um surto da doença em campos para deslocados internos sul-sudaneses em Cartum. Desde que começou a trabalhar com pacientes de leishmaniose, MSF tratou mais de 100 mil pessoas com a doença. Doença tropical negligenciada transmitida pela picada do mosquito-palha, a leishmaniose é fatal se não for tratada. Os maiores grupos de pessoas afetados concentram-se no Sudão e no Sudão do Sul, mas MSF tratou a doença também na Etiópia, Quênia, Somália, Uganda, Índia, Bangladesh, Geórgia e Iêmen.
O problema persiste e não se restringe a um só país: a leishmaniose é, na realidade, endêmica em 76 países, o que coloca em risco de infecção aproximadamente 200 milhões de pessoas. A Iniciativa de Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi) estima que, anualmente,  400 mil novos casos surjam e que a doença faça 40 mil vítimas. Geralmente, a leishmaniose afeta populações pobres. Epidemias associadas a altas taxas de mortalidade são frequentes onde emergências complexas, imigração em massa, altas taxas de HIV/Aids e desnutrição aceleram o desenvolvimento e a proliferação da doença e onde muitos pacientes não têm acesso ao tratamento.

Fonte: Médicos sem fronteiras
Texto completo: http://www.msf.org.br/conteudo/31/leishmaniose/

CICLO DA LEISHMANIA NO VERTEBRADO

 
       Durante o processo de alimentação do flebotomíneo é que ocorre a transmissão do parasito. Na tentativa da ingestão do sangue, as formas promastigotas são introduzidas no local da picada. Dentro de quatro a oito horas, estes flagelados são interiorizados pelos macrófagos teciduais. A saliva do flebotomíneo possui neuropeptideos vasodilatadores que atuam facilitando a alimentação do inseto e ao mesmo tempo imunossuprimindo a resposta do hospedeiro vertebrado; desta forma, exerce importante papel no sucesso da infectividade das promastigotas metaciclicas.
     O macrófago estende pseudópodos que envolvem o parasito, introduzindo-o para o seu interior, envolto pelo vacúolo fagocitário. Rapidamente as formas promastígotas se transformam em amastígotas que são encontradas 24 horas após a fagocitose.
    Dentro do vacúolo fagocitário dos macrófagos, as amastigotas estão adaptadas ao novo meio fisiológico e resistem a ação destruidora dos lisossomas, multiplicando se por divisão binaria até ocupar todo o citoplasma. O núcleo do macrófago chega a deslocar-se do centro, para dar lugar ao vacúolo com as amastígotas. Esgotando-se sua resistência, a membrana do macrófago se rompe liberando as amastígotas no tecido, sendo novamente fagocitadas, iniciando no local uma reação inflamatória.
   A Figura mostra o ciclo biológico, o curso da infecção nos animais, incluindo o homem, é altamente variável, sendo dependente da espécie de Leishmania que o parasita,  e as características genéticas e a resposta imune do hospedeiro, o que origina diferentes quadros clínicos.
 
Fonte: LIVRO PARASITOLOGIA HUMANA 11 edição

PROTEJA SEU CACHORRO, VACINE O CONTRA LEISHMANIOSE

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Em breve novos textos e informações sobre a doença.