Essa forma clínica da doença, admite-se ser autóctone do Continente Americano.
Os Índios ceramistas, pré-colombianos do Peru, apresentam em seus vasos numerosos estados patológicos, de modo que o médico e o historiador encontram nesses "huacos" possibilidade de identificação de diversas enfermidades. No Peru é essa doença denominada Uta, assim parecendo não haver dúvida a respeito da existência da Leishmaniose tegumentar entre os habitantes da América Pré-colombiana. No Brasil, já no ano de 1885 foi a mesma observada e identificada ao Botão de Biskra, pelo médico Brasileiro A. Cerqueira. Em 1895, Breda, na Itália, descreveu-a em Italianos que, de São Paulo, haviam voltado para sua pátria. Em 1908, começaram a afluir à Santa Casa de São Paulo, numerosos doentes vindos das regiões assoladas pela doença e como em sua maioria fosse procedentes da região Noroeste (Bauru), ficou a doença conhecida por Úlcera de Bauru. Apenas em 1909, Adolfo Lindeberg noticiou a descoberta do parasita dessa doença, que ele identificou ao agente causal do Botão do Oriente, descoberta posteriormente confirmada pelos cientistas Brasileiros Cariai e Parnaso.
Autor:
Carmello Liberato Thadei
Médico Veterinário - CRMV-SP-0442
Carmello Liberato Thadei
Médico Veterinário - CRMV-SP-0442
Site: www.vira-lata.org