Classificação atual da leshimaniose...
Atualmente a especie está dividida em dois subgrupos:
Subgênero Leishmania - espécies pertencentes aos complexos
Donovani, Mexicana e Tropica_Ex. Leishmania (Leishmania) amazonensis
Subgênero Viannia - espécies pertencentes ao complexo Braziliensis_Ex. Leishmania (Viannia) braziliensis

domingo, 29 de março de 2009

Transmissores da leishmaniose têm história evolutiva muito antiga...



Estudos de fósseis de flebótomos - mosquitos que transmitem os parasitas causadores da leishmaniose - revelam que um ancestral comum desses insetos já era encontrado na época em que os continentes ainda formavam uma massa única, cerca de 250 milhões de anos atrás. Quando essa massa se fragmentou, os mosquitos começaram a se dispersar para cada continente, originando a ampla variedade de gêneros e espécies que existem hoje. Alguns gêneros atuais de flebótomos já estavam presentes bem antes do período Oligoceno, há 38 milhões de anos.
É o que afirmam José Dilermano Andrade Filho e Reinaldo Peçanha Brazil, do Laboratório de Leishmaniose do centro de pequisa René Rachou ( CPqRR), unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Minas Gerais, em artigo publicado em suplemento especial da revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz. Segundo os pesquisadores, o mesmo padrão de distribuição geográfica dos flebótomos deve ter sido seguido pelos parasitas causadores da leishmaniose.
Como os flebótomos têm capacidade limitada de voar, acreditava-se que esses mosquitos se movimentavam pouco no ambiente e, conseqüentemente, a maioria de suas espécies estaria encerrada em áreas geográficas bem definidas. Além disso, devido a esse isolamento, haveria um fluxo pequeno de genes entre as espécies, o que acarretaria pouca variabilidade entre os flebótomos.
Estudos recentes, porém, não confirmam essas hipóteses. Segundo os pesquisadores, os flebótomos se espalharam pelo planeta, estando presentes inclusive nas Américas, o que sugere que eles têm uma história evolutiva muito antiga. Além disso, certos flebótomos, devido a sua ampla distribuição geográfica, sofreram modificações graduais, assim como complexas variações dentro de uma mesma espécie.
Na Antártica e nas zonas temperadas dos Estados Unidos e da Groenlândia, o clima é desfavorável para o desenvolvimento dos flebótomos, sobretudo de suas formas imaturas. No artigo, os pesquisadores afirmam que "este fato reforça a idéia de que o fenômeno que levou ao aparecimento da linhagem dos flebótomos ocorreu originalmente nos trópicos, de onde umas poucas espécies seguiram para as regiões temperadas, adaptaram-se e ocuparam nichos ecológicos disponíveis, algumas populações passando por especiação" (processo de formação de novas espécies). Portanto, as espécies presentes nas zonas temperadas seriam mais jovens e poderiam ocupar outras áreas, desencadeando novos processos de especiação.

Escrito por Fernanda Marques...
Especial em Paleoparasitologia
Site: www.fiocruz.br

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