Uma terceira forma clínica que ocorre na leishmaniose do Novo Mundo se caracteriza por apresentar uma imunidade celular exarcebada e lesões altamente destrutivas causando deformações desfigurantes da região oral e nazofaringea que aparecem tardiamente após a cicatrização das lesões primárias. Esta forma chamada de Leishmaniose Mucocutânea (LMC), apresenta um granuloma constituido de linfócitos e macrófagos, com poucos parasitos. A frequência de lesões de mucosa no estado do Rio de Janeiro é mais baixa que em outras regiões sugerindo uma heterogeneidade maior na espécie L. braziliensis. Pacientes com leishmaniose cutânea causada por L. braziliensis podem apresentar cura espontânea numa determinada porcentagem de casos. Fato verificado em pacientes que se recusaram a receber o tratamento ou em casos de gestantes.
A cicatrização espontânea pode ocorrer entre seis meses e um ano após o início da infecção e em alguns poucos casos ocorre reativação da lesão como existe a possibilidade de aparecimento de metástases, bem como de agravamento por viroses concomitantes ou ainda casos em que as lesões progridem e podem ser desfigurantes ou extensas, o tratamento pelo Glucantime é recomendado como rotina.
Fonte: FioCruz
http://www.dbbm.fiocruz.br/tropical/leishman/leishext/html/leishmaniose_mucocut_nea.htm